A pesquisa mostra que aumentou o percentual dos empresários que estão revendo seu faturamento para cima no 4º trimestre; acontecimentos globais vão mudar as perspectivas para negócios no próximo ano.
A Pesquisa Serasa Experian de Expectativa Empresarial para o 4º trimestre de 2011 apurou que a parcela de empresários que vão rever seu faturamento para cima ampliou-se de 79%, no terceiro trimestre de 2011, para 82%. No quarto trimestre do ano passado, 87% reviam para cima seu faturamento e 13% para baixo.
A Pesquisa Serasa Experian de Expectativa Empresarial para o 4º trimestre de 2011 foi a campo de 29 de agosto a 2 de setembro, já dentro do novo ciclo de baixa dos juros básicos (Selic), estabelecido pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Foram ouvidos 1.020 empresários de todos os setores econômicos, em todo o território nacional.
O comércio é o setor com mais empresários (88%) revendo seu faturamento para cima no 4º trimestre, em relação ao anterior. Na sequência está o setor de serviços (82%) e a indústria (64%).
Na análise por porte, as pequenas empresas são as mais otimistas para o 4º trimestre, com 83% de seus entrevistados revendo para cima o seu faturamento para o período. Nas médias essa parcela é de 79% e nas grandes 65%.
Por região, a Nordeste conta com o maior volume de empresários apostando em um faturamento superior nos últimos três meses do ano: 91%. A região Norte (86%) e a Centro-Oeste (85%) encontram-se praticamente empatadas nessa mesma opinião, seguidas pela Sudeste (82%) e a Sul (73%).
Como deve fechar o faturamento em 2011
No último trimestre de 2011, considerando o ano como um todo, 65% acreditam que seu faturamento será superior ao de 2010. Para 22%, será igual e para 13% será inferior.
No primeiro trimestre de 2011, as expectativas de aumento no faturamento, em relação ao ano passado eram 72% de expansão; 18% da estabilidade e 10% de recuo.
Na abordagem por setor, 70% dos executivos de serviços acham que o seu faturamento em 2011 será superior ao de 2010. Compartilhando da mesma opinião estão 59% dos empresários do comércio e 55% dos da indústria.
Na região Norte, 77% de seus empresários acreditam em um faturamento em 2011 superior ao do ano passado. No Nordeste essa parcela é de 70%, no Sudeste 69% e no Centro-Oeste e Sul, 55% cada uma.
Investimentos
Para o 4º trimestre, os investimentos, para compra de equipamentos, obras de ampliação, aquisições, modernização entre outros, praticamente repetirão as expectativas dos três meses anteriores. Assim, 29% dos entrevistados pretendem ampliar os investimentos, 57% vão mantê-los conforme planejado, 5% vão promover cortes e 9% irão postergá-los.
Na análise por setor, as instituições financeiras são as que têm a maior parcela de executivos com planos de ampliação de investimentos. Nessa direção, vão 33% dos empresários do comércio, 28% dos de serviços e 25% dos da indústria.
Por porte, são 31% dos empresários de grandes empresas que vão aumentar os investimentos no último trimestre do ano. Nas pequenas empresas são 29% e nas médias 28%.
Por região, 45% dos empresários do Norte têm intenção de investir mais no 4º trimestre. Na sequência estão Nordeste, 38%; Sudeste 27%; Sul 24% e Centro- Oeste 23%.
Condições de crédito
Aumentou a parcela dos que acham que as condições de crédito (prazos, encargos e limites) melhorarão nos últimos três meses deste ano. No trimestre anterior, nessa parcela estavam 19% dos entrevistados, agora são 25%. Para 56%, essas condições não terão alteração e para 19% piorarão. Nesta última categorização (para pior) eram 31% dos respondentes nos três meses passados.
Os serviços têm 27% de seus empresários apostando em condições melhores para o crédito no 4º trimestre, contra 52% que não vêem nenhuma mudança em relação ao terceiro. No comércio são 23% e 66%, e na indústria 18% e 60%, nessa mesma ordem.
Por porte, 26% dos pequenos empresários acreditam que as condições de crédito serão melhores no último trimestre do ano. Nas médias empresas são 24% e nas grandes 16% de seus entrevistados com essa opinião.
Por região, 40% dos empresários do Norte dizem que as condições de crédito serão melhores no período analisado. No Nordeste 31% compartilham da mesma opinião, no Sudeste 26%, no Centro-Oeste 24% e no Sul 18%.
Oferta de crédito para as empresas
Para 45% dos executivos entrevistados nas instituições financeiras, a oferta de crédito para as empresas aumentará no último trimestre, em relação ao anterior. Para 46% permanecerá igual e para 9% será reduzida.
No 4º trimestre de 2010, 69% responderam pela ampliação da oferta de crédito aos negócios, 29% em permanência da mesma e 2% para o recuo.
Oferta de crédito aos consumidores
Para 64% dos executivos entrevistados nas instituições financeiras, a oferta de crédito aos consumidores aumentará no 4º trimestre, em relação ao terceiro. Para 27%, ela será igual e para 9% será menor.
No 4º trimestre de 2010, 74% acreditavam em expansão da oferta de crédito aos consumidores, 23% em manutenção e 3% em queda.
Impactos da crise global nos resultados de 2011
Mesmo com a melhora de expectativa no 4º trimestre, quando perguntados se os resultados de sua empresa em 2011 serão influenciados pela crise global, 47% dos entrevistados responderam afirmativamente e 53% disseram que não.
Por setor, 60% dos executivos de instituições financeiras acreditam que seus resultados serão afetados pela crise global ainda em 2011. No comércio, foram 51% de seus empresários que dividiram a mesma opinião; na indústria 47% e nos serviços 44%.
Por porte, são 46% tanto nos pequenos quanto nos grandes negócios que apostam no impacto da crise global em seus resultados em 2011. Nas médias, foram 43%.
Por região, 56% dos empresários do Sul acham que os impactos da crise global já serão sentidos em seus resultados de 2011. No Nordeste, são 47% os entrevistados que dividem o mesmo ponto de vista, no Centro-Oeste 46%, no Sudeste 43% e no Norte 33%.
As expectativas para 2012, diante da crise internacional
Para 56% dos empresários entrevistados, os novos acontecimentos globais mudam suas expectativas para 2012. Para 44%, os eventos internacionais não afetam suas expectativas no próximo ano.
Para 62% dos empresários brasileiros, as mudanças em seu planejamento, em decorrência dos fatos globais, serão para melhor em 2012. Para 38% serão para pior.
Entre os que avaliam que as mudanças em seu planejamento 2012, serão para melhor estão 64% dos serviços; 60% do comércio; 55% da indústria e 43% das instituições financeiras.
No mesmo sentido, encontram-se 77% dos empresários do Norte; 64% dos do Sudeste; 63% do Nordeste; 57% do Centro-Oeste e 56% do Sul.
Comentários
A Pesquisa Serasa Experian de Perspectiva Empresarial para o 4º trimestre de 2011 mostra que aumentou o otimismo do empresário sobre seu faturamento no período, comparado com o trimestre antecedente. Além da sazonalidade de um período forte para o varejo, dado o Dia das Crianças e o Natal, é importante notar que mesmo assim, no final deste ano, a expectativa sobre o faturamento do negócio é inferior à registrada em igual momento de 2010. Isto pela menor evolução da atividade econômica.
O novo ciclo de redução dos juros (Selic), sinalizou aos empresários que o governo se empenhará para preservar o crescimento econômico, baseado no vigor do mercado interno, também entendido como uma blindagem aos impactos da crise global. Por esta razão, os setores mais ligados ao consumo e aos serviços contam com expectativa mais positiva.
Já os investimentos expressam a cautela do empresário sobre imobilizar seus recursos (liquidez) ou ampliar seu endividamento. Resumindo, a pesquisa não detecta pessimismo das empresas em relação à economia.
Metodologia da Pesquisa Serasa Experian de Expectativa Empresarial
O objetivo da Pesquisa Serasa Experian de Expectativa Empresarial é identificar as principais tendências dos negócios para o trimestre, a partir do levantamento das perspectivas dos empresários, indo além da confiança desses agentes. A pesquisa visa a fornecer subsídios, aproveitando a opinião de quem vive o cotidiano dos negócios. Os resultados da presente pesquisa decorrem de um levantamento estatístico com uma amostra de mais de mil empresas representativas dos setores da indústria, comércio, serviços e instituições financeiras, dos portes pequeno, médio e grande e das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul.
Serasa Experian
A Serasa Experian é líder na América Latina em serviços de informações para apoio na tomada de decisões das empresas. No Brasil, é sinônimo de solução para todas as etapas do ciclo de negócios, desde a prospecção até a cobrança, oferecendo às organizações as melhores ferramentas. Com profundo conhecimento do mercado brasileiro, conjuga a força e a tradição do nome Serasa com a liderança mundial da Experian. Criada em 1968, uniu-se à Experian Company em 2007. Responde on-line/real-time a 4 milhões de consultas por dia, auxiliando 400 mil clientes diretos e indiretos a tomar a melhor decisão em qualquer etapa de negócio. É a maior Autoridade Certificadora do Brasil, provendo todos os tipos de certificados digitais e soluções customizadas para utilização da tecnologia de certificação digital e de Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e), tornando os negócios mais seguros, ágeis e rentáveis.
Constantemente orientada para soluções inovadoras em informações para crédito, marketing e negócios, a Serasa Experian vem contribuindo para a transformação do mercado de soluções de informação, com a incorporação contínua dos mais avançados recursos de inteligência e tecnologia.
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Experian
A Serasa Experian é parte do grupo Experian, líder mundial em serviços de informação, fornecendo dados e ferramentas de análise a clientes em mais de 80 países. A empresa auxilia os clientes no gerenciamento do risco de crédito, prevenção a fraudes, direcionamento de campanhas de marketing e na automatização o processo de tomada de decisão. A Experian também apoia pessoas físicas no gerenciamento de seus relatórios e scores de crédito e na proteção a fraudes de
identidade.
A Experian plc está registrada na Bolsa de Valores de Londres (EXPN) e compõe o índice FTSE 100. A receita total para o ano fiscal encerrado em 31 de março de 2011 foi de US$ 4,2 bilhões. A empresa emprega cerca de 15.000 pessoas em 41 países e possui sede corporativa em Dublin, na Irlanda e sedes operacionais em Nottingham, no Reino Unido; na Califórnia, Estados Unidos, e em São Paulo, Brasil.
Para mais informações, visite http://www.experianplc.com
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